Verão de 2011

A noite havia sido muito curta. O plantão de Vanessa, médica interna do Hospital Memorial de San Francisco, havia se prolongado muito mais do que as 24 horas habituais, devido à chegada, na última hora, de vítimas de um grande incêndio. As primeiras ambulâncias haviam chegado dez minutos antes do término do plantão e Vanessa havia começado a enviar os feridos às diferentes salas de tratamento, diante dos olhares desesperados de seus companheiros. Com precisão, auscultava em alguns minutos cada paciente, o identificava com uma etiqueta colorida conforme a gravidade de seu estado, redigia um diagnóstico preliminar, ordenava os primeiros exames e os enviava às macas, para a sala apropriada. A classificação das 16 pessoas que chegaram entre as doze e doze e um quarto da noite, terminou às doze e meia em ponto, e os cirurgiões, cuja presença haviam solicitado, puderam começar as primeiras cirurgias daquela noite infinda, às 0:45h . Vanessa assistira ao dr. Carlos em duas intervenções seguidas, e, não foi para casa até que recebeu ordem expressa do médico, que a convenceu de que o cansaço a faria não trabalhar a contento, com conseqüente perigo para a saúde de seus pacientes. Saiu em plena noite do estacionamento do hospital, dirigindo seu Triumph e se dirigiu para casa em alta velocidade pelas ruas desertas. “Estou muito cansada e dirijo em excessiva velocidade”, repetia-se várias vezes para lutar contra o sono,ainda que a idéia de voltar para cuidar dos casos urgentes de carro, e não a pé, fosse por si só suficiente para mantê-la desperta. Chegou à garage e estacionou o velho automóvel. Passando pelo corredor, subiu de 4 em 4 os degraus da escadaria principal e entrou em casa com uma sensação de alívio. Os ponteiros do relógio de pêndulo pendurado sobre a lareira marcavam duas e meia. Vanessa deixou cair sua roupa no chão, no meio da grande sala. Completamente nua, passou para o outro lado do balcão para preparar um chá. Os potes que adornavam a estante continham toda a espécie de ervas, como se a cada momento do dia, correspondesse um aroma. Deixou o copo no criado-mudo, deitou-se sob o edredon e dormiu imediatamente. O dia anterior havia sido muito longo, e o que se anunciava exigia que se levantasse logo. Aproveitado os dois dias de festa, que por uma vez coincidiam com o final de semana, havia aceitado um convite para ir a casa de uns amigos, em Carmel. E, apesar do cansaço acumulado, nada pudera fazê-la atrasar aquele despertar cedo.
Proximo capitulo só com comentários....:)
bjuss....até o proximo!
Proximo capitulo só com comentários....:)
bjuss....até o proximo!
2 comentários:
adoreii
postaa logoo
Perfeito amore... Essa história é linda, e com adaptação zanessa vai ficar perfect!
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